quarta-feira, 15 de abril de 2009

Adoção Tardia

Hoje eu estava lendo sobre a CARTILHA DA ADOÇÃO TARDIA, desenvolvida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Instituto Maurício de Sousa, que procura explicar passo a passo o processo de adoção, esclarecendo os procedimentos, as etapas, dificuldades e benefícios da adoção. Porém o objetivo maior é falar sobre a adocação de crianças meninos ou meninas acima de quatro anos, ou seja, a chamada “ADOÇÃO TARDIA”, uma vez que, a maioria das pessoas quando decide adotar uma criança tem como prefrência bebês, meninas e brancas.

Foi aí que eu fiquei pensando, como deve ser para uma criança de 6, 7 anos ou mais, que já possui entendimento de que não vive ou não possui pais, família estar numa instituição à espera de uma adoção.

Como trabalhar a auto-estima dessas crianças quando elas sentem que foram rejeitadas por duas vezes, uma ao serem separadas de sua família e estarem ali, naquele lugar impessoal para crianças carentes (de tudo) e outra, quando não são escolhidas e lhes negam mais uma vez a chance deterem um novo lar.

Como deve ser difícil para uma criança viver nessa interminável busca por "sim, eu te aceito do jeito que você é".

Deve ser doloroso para aquelas pequenas vítimas de uma sociedade cruel e muitas vezes irresponsável, olhar-se para si mesmo e ter forças todos os dias para continuar buscando por um alguém que nem se sabe se chegará ou se realmente lhes amarão.

Deve ser muito triste viver à espera de uma pessoa para chamar de pai, mãe.
Não ter fotos, não ter história, não ter nada ao lado de uma família.
Ir dormir com e acordar sem o sentir o calor de um beijo, de um abraço, de uma bronca, de um carinho de alguém que é seu e que te ame de verdade.
Pior, atravessar anos e anos de uma vida sem ouvir ninguém te chamando de "MEU FILHO".

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Debbie Moon, professora do primeiro ano, estava com seus alunos vendo a fotografia de uma família. Na foto, um menininho tinha o cabelo de cor diferente da dos outros.

Uma das crianças, Jocelyn, achou que ele era diferente porque devia ter sido adotado, e disse: "Eu sei tudo sobre adoção porque eu sou adotada." "O que quer dizer ser adotado?", perguntou uma outra criança. "Significa," disse Jocelyn, "que você cresceu no coração de sua mãe em vez de crescer na barriga dela."

3 comentários:

Ana disse...

Ain Amiga que lindo.
Eu tenho pra mim que na minha idade adulta quero adotar uma criança de uns 7 ou 8 anos.Qndo eu já estiver formada...casada...estável financeiramente...
Acho linda a iniciativa.

Mariachiquinha disse...

Eu também acho. Eu também penso em adotar uma.
Eu tive uma irmã adotiva, mas era mais velha do que eu. Ela morreu ainda criança num acidente de carro. Não me lembro dela.

Hexer disse...

Eu sempre quis adotar uma criança!
Na minha família tem um caso de meeega sucesso de adoção.
Quando eu era mais nova, achava que nem iria ter filohos meus, ia só adotar, mas aí os hormônios gritam e eu decidi que quero um filho "da barriga", mas o do "coração" sempre foi prioridade.
Deus me abençoou demais durante meus 28 aninhos de vida e o mínimo que eu posso fazer é diminuir o sofrimento de alguém dividindo minhas bençãos.
Que Deus me dê forças, porque o desafio é grande.

bjs